Empreendedorismo

3 tendências que vão impactar a sua em 2023

Por Karine Camuci*

Quando o assunto é carreira, 2023 será um ano e tanto.
Crédito: Cauã Stopiglia/Você Empregado/Divulgação

Quando o assunto é carreira, 2023 será um ano e tanto. Acredito que os profissionais deverão passar por uma série de transformações que vão continuar impactando no modo como exercem o trabalho. Aposto que ele será mais diverso e flexível que nunca. As empresas precisarão se adaptar – ainda mais – para atender às mudanças nas expectativas dos colaboradores no cenário pós-pandemia. Gerenciar o equilíbrio entre as necessidades da organização e os anseios dos funcionários será um desafio tremendo durante os próximos 12 meses. Abaixo, listo 3 grandes tendências que, na minha avaliação, deverão predominar ao longo do ano que está apenas começando:

#1 – Flexibilidade: longe de ser apenas uma “ressaca” da pandemia, os dados mostram que a flexibilidade veio para ficar. Os modelos remoto e híbrido de trabalho vão se consolidar em 2023. Não para todos os profissionais, evidentemente, mas para os de alguns segmentos. De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela McKinsey e pelo Ipsos, 58% dos americanos tiveram em 2022 a oportunidade de trabalhar em casa ao menos um dia por semana. Outros 38% não precisaram sequer ir ao escritório. Considerando que as práticas adotadas pelo mercado de trabalho norte-americano influenciam boa parte do mundo, é possível afirmar que essa realidade, logo, logo conquistará espaço também no Brasil.

Embora ainda seja relativamente cedo para avaliar o impacto social de uma mudança tão grande, os estudos iniciais sugerem que a flexibilidade leva ao aumento da felicidade do colaborador, assim como a um aumento da produtividade. No entanto, também existem desafios: trabalhar fora do escritório pode fazer com que os funcionários se sintam menos conectados com os seus pares. E tenham dificuldades em se desenvolver e se envolver com a cultura da empresa. Em resposta a isso, as organizações terão que assegurar que as práticas de trabalho remoto e híbrido sejam implementadas de modo que as necessidades da empresa e do funcionário estejam em sintonia.

#2 – Benefícios: eles são (e continuarão sendo) a chave para atrair e reter talentos. Um levantamento recente do LinkedIn indicou que, pela ordem, os candidatos a uma vaga de emprego tendem a valorizar: a) boa remuneração e bons benefícios; b) suporte da empresa no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; c) formatos de trabalho flexíveis, seja onde ou quando se trabalha; e d) oportunidades de aprendizado e desenvolvimento.

Uma outra pesquisa, desta vez do Google, também mostrou que, para 36% dos profissionais, uma proposta de emprego tem mais chances de ser aceita caso o regime de trabalho esteja alinhado à sua escolha. Manter a harmonia entre vida e trabalho é o fator mais importante para 51% dos entrevistados na escolha por um novo emprego. O plano de carreira vem em segundo lugar, com 49% das indicações, e o pacote de remuneração e benefícios está em terceiro, com 38%.

#3- Multigerações: em 2023, os ambientes de trabalho serão mais diversos no que diz respeito a idade. Segundo um estudo realizado pela Ernst & Young em parceria com a Maturi, a parcela de trabalhadores com mais de 50 anos já representa 26% da população. Até 2040, estimativas apontam que 57% da força de trabalho brasileira tenha mais de 45 anos. Pela primeira vez na história, existem quatro gerações simultâneas atuando no mercado de trabalho. Com o envelhecimento da população, a tendência é que o cenário se consolide nos próximos anos.

*Karine Camuci é fundadora da Você Empregado, consultoria especializada em recolocação profissional:_https://voceempregado.com.br/




Fonte: Rionoticias

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